quarta-feira, 30 de abril de 2008
terça-feira, 29 de abril de 2008
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segunda-feira, 28 de abril de 2008
sexta-feira, 25 de abril de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
sábado, 19 de abril de 2008
- ... uma tentativa de compreensão total do mundo, sob todos os seus aspectos, físicos, psicológicos, morais, políticos, etc.
- Que loucura! Os filósofos se tornariam deuses, com um saber infinito.
- Num certo sentido, sim. Ao mesmo tempo, esta é a mais alta ambição da razão: conseguir compreender a totalidade do mundo. Evidentemente, não se trata de acumular uma imensa série de pequenos conhecimentos de detalhes. A finalidade é compreender segundo quais princípios se organiza a totalidade do mundo.
- Mas isto é impossível, não poderão jamais atingí-la...
- Entretanto, é o que os grandes sistemas filosóficos buscam. A partir de um pequeno número de pontos de partida, uma dezena aproximadamente, eles afirmam ser capazes de explicar a totalidade do que se produz no mundo.
- Você pode me dar um exemplo?
- Num computador, você pode colocar na memória, por exemplo, milhares de datas de eventos históricos. E se você digitar em seguida “14 de julho de 1789”, você obterá: “Tomada da Bastilha”. Bem, isto não forma um sistema. É apenas uma coleção de elementos postos lado a lado.
Mas, se o seu computador contém um programa de cálculo, por exemplo, a situação é muito diferente. Se você pede: “4132 X 326 = ?”, a máquina não vai buscar em sua memória o resultado já registrado. Ela “faz” a operação.
Ora, um sistema filosófico se assemelha a esta função de cálculo. Ele é capaz de produzir respostas a partir de princípios e regras, como a calculadora dá o resultado da multiplicação a partir de regras de aritmética. Fica mais claro assim?
- Sim...
Extraído de “La philosophie expliquée à ma fille.” de Roger-Pol Droit, páginas 52-53 (Paris: Ed.Seuil, 2004 ).
postado por du tom
sexta-feira, 18 de abril de 2008
A educação como prática da liberdade
"O silêncio como prática do amor" (Paulo Freire)
postado por dedeco
Encontro
Encontrar alguém, encontrar alguma coisa, encontrar-se a si mesmo. Encontro de família, embate de gerações. Encontro de delegações, encontro de culturas. Choque de civilizações. Contrariedade, confluência. Encontro de namorados, a que horas mesmo? Na porta do cinema. Não era esse o filme! Reencontro de antigos amantes: "é desconcertante rever o grande amor...". Encontrar os amigos na mesa de um bar, amigos de infância, que viu ontem, que não vê há muito tempo. Um blind date, sempre um risco. Um encontro religioso, encontro espiritual, um encontro com a natureza, com o universo, um encontro com Deus, Buda, Alá, Jeová ou Oxalá. Um encontro com espíritos, entidades, um encontro do além. Encontro regional, encontro nacional. Um encontro virtual. Une soirée literaire. Um encontro marcado, um encontro por acaso, uma feliz ou infeliz coincidência. Não existem coincidências ou acasos, já está tudo nos astros, nos classificados, "no Pravda, na vodca...". Um encontro que não se efetua, um atraso, e está dado um desencontro. Um encontro social. Um encontro econômico. Um encontro político de todos os modos. Encontro de casais, encontro de jovens, encontro da terceira idade. Encontro de pais e professores. Encontro do Papa com as famílias. Encontros possíveis. Encontros desmarcados, adiados, postergados, cancelados. Encontros esquecidos e encontros ignorados.
Encontro. Embate. Choque. Colisão. Encontrão. Cuidado, vai bater!!
quinta-feira, 17 de abril de 2008
O Menstrosonho
Presença constante de chuva, cachoeira, mar, piscina, chuveiro, pia, privada. O banheiro é a imagem mais recorrente. Se surgir a cena de uma cozinha (sua ou desconhecida) : perigo!
Vira-se prum lado, vira-se pro outro e toma suor na testa!
Agonia, desconforto, apatia, mal-estar...
Não há angústia. Pode sentir dores leves ou fortes. Se não sentir nada desconfie.
Vira-se prum lado, vira-se pro outro e toma suor na testa!
Os elementos cromáticos estarão ali em seus tons amarronzados, terrosos, ocres. Às vezes surge até objetos mais explícitos como uma seringa, fraldas, serpentinas, cadeado.
Vira-se prum lado, vira-se pro outro e toma suor na testa!
Uma hora a consciência se apresentará e o sentimento de felicidade....Ah!!!!! Isso você já conhece.
Estou em Machu Pichu na companhia de Pablo Neruda
Encontrei Don Pablo nas ruas da periferia de uma capital qualquer do país apenas com um livro na mão. Logo começamos a conversar e ele a me mostrar seu livro, escrito já há muito tempo. Dali, depois de alguns minutos ou horas conversando, fomos para Machu Pichu, de onde ele queria falar algumas coisas.
Aqui de cima, não é que temos uma visão privilegiada, mas sem dúvida é algo bem peculiar. Ainda mais na presença de Pablo Neruda. As conversas em tom de poesia. A morte como tema. Quinhentos anos de morte.
Pablo Neruda disse uma vez que deixou a terra falar por ele, através dele, e assim aprendeu muitas coisas. Fazer a terra falar por nós, através de nós, é deixar cada homem e cada mulher falar por nós, através de nós. Sentir todas as vozes, todos os gritos - de alegria, de desespero. Assim Neruda escreveu seu Canto Geral.
por dedeco
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Dos Chatos
O maior chato é o chato perguntativo. Prefiro o chato discursivo ou narrativo, que se pode ouvir pensando noutra coisa... Me lembro que fiz um soneto inteiro — bem certinho, bem clássico e tudo — durante o assalto ao Quarto do Sétimo, isto é, quando um veterano de 30 me contava mais uma vez a sua participação nas glórias e perigos daquela investida.
As velhotas que nos contam seus achaques também são de grande inspiração poética.
Mas que fazer contra a amabilidade agressiva do chato solícito? Aquele que insiste em pagar nossa passagem, nosso cafezinho, ou quer levar-nos à força para um drinque, ou faz questão fechada de nos emprestar um livro que não temos a mínima vontade de abrir...
Ah! ia-me esquecendo dos proselitistas de todas as religiões. Os proselitistas amadores, que são os piores. Quanto aos sacerdotes que conheço, registre-se em seu louvor que eles sempre me falam de outras coisas. Ou me julgam um caso perdido ou um caso garantido... Bem, qualquer que seja o caso, deixam-me em paz.
O que pode acontecer de mais chato no mundo é o chato que se chateia a si mesmo, o autochato.
Para essa extrema contingência, descobri em tempo que a última solução não é o suicídio. É escrever, desabafar para cima do leitor, o qual, se me leu até aqui, a culpa é toda dele.
Há gente para tudo...
postado por Mário Quintana
terça-feira, 15 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Poética a Darwin
Verossímil Verosímio Verosim Verossímil Simover Verosímio
Verosímio Simover Moversim Verosímio Moversim Verosim
Verosim Verosímio Simover Moversim Simover Verosímio
postado por Aristóteles
Coleção "Aristocracias" - Volume I
ainda não,
porém ao montá-lo,
chorei.
O peão
não,
mas o bispo,
eu dispo.
postado por Cadu Marconi
Carlos XIII, rei da França.
domingo, 13 de abril de 2008
COMO DISTRIBUIR BEM OS PALAVRÕES DURANTE A SEMANA
nenhuma que prestasse.
SEGUNDA : (indo pro trabalho) - Aprende a dirigir seu
VEADO!
TERÇA : - PUTA QUE PARIU, não estamos nem no meio da semana!
QUARTA: - BOSTA! Toda vez que tem jogo no Maracanã o engarrafamento é
ESCROTÁSSO!!!
QUINTA : (na fila do restaurante para pagar a conta) – CACETE, cadê a comanda?
Quanto deu mesmo?
SEXTA : - Hoje eu vou FODER pra CARALHO!
SÁBADO : - VAI TOMAR NO CÚ, São Pedro! Chuva, logo no sábado!?
Postado por Cadu Marconi
sábado, 12 de abril de 2008
[FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. Record, 1995]
não sei se largo ou cigarro
segunda-feira: - Nunca mais! Chega! Agora é pra sempre e tenho dito!
terça-feira: - Será que vai me dar vontade hoje?
quarta-feira: - Engraçado, achava que ia ser mais difícil...
quinta-feira: - Cacete! Não consigo entender como vocês gostam desse fedor!
sexta-feira: - Vem, invade meu peito, óh deliciosa fumaça!
moral da história: Ex-fumantes são, freqüentemente, ex-mentirosos.
postado por du tom
sexta-feira, 11 de abril de 2008
a questão privada
- São letrinhas de chocolate! disse o menino a seu pai.
- Como não a reconhecem? É La fontaine de Duchamp, afirmava o crítico de arte, em tom de arrogância. (desculpem-me pelo pleonasmo)
-We all live in a brown submarine, cantavam todos presentes no salão, num imenso e afinado coro psicodélico.
- Minha certeza permite-me, apenas e tão somente, assegurar de que há, aqui, uma elipse, observou clara e distintamente René Descartes
- Não se assuste... é só mais um daqueles borrados, sussurrou alguém na platéia.
(des-carga)
Retorno à questão fundamental.
postado por du tom
Mona Lisa Descending A Staircase
Para aqueles que gostam de pintura, essa animação é imperdível!
http://br.youtube.com/watch?v=9db94IDd8cM&feature=related
quinta-feira, 10 de abril de 2008
DA SÉRIE: DICIONÁRIO
quarta-feira, 9 de abril de 2008
...keep it comin' love
"Ele trafega do útil ao fútil. Nunca esbarrando no inútil."
Washington Olivetto sobre Amaury Jr.
postado por du tom
terça-feira, 8 de abril de 2008
proctologiauditiva: Moanin'
Já os ingleses, não tão modernos quanto nós, quando desejam dizer que alguém sabe algo de cabeça, usam “by heart”; assim como os franceses, que para dizer que conhecem algo de memória, usam a expressão "apprendre par coeur", que, traduzindo literalmente, fica "saber de coração". Eles espremeram o termo latino popular “cor” e obtiveram a palavra “coeur”, que, a gente, em português, pronuncia “quer”. Aliás, o querer e a inteligência eram as outras faculdades que, além da memória, moravam no coração dos antigos. Mas, não paramos por aí; existe também a famosa expressão: “saber de cor e salteado". Olha que lindo isso! Não bastava, apenas, saber de todo o seu cor, mas, o desgraçado ainda salteia. Saltear significa, segundo o dicionário, atacar de súbito, surpreender, tomar de assalto. Mas, devo confessar, que, a mim, “saltear” sempre foi dar saltos e coices como um doidivanas, pulando no ar, ricochetando como um beuzebú descarrilhado em terras de saci (lugar onde – nunca esqueçam disso - uma calça dá pra dois) destruindo tudo o que vê pela frente. Eu até imaginava um substantivo adequado à pessoa que salteava: era o saltimbanco.
Na escala da sabedoria, “de cor e salteado" vale mais que “de cor”. Saber “de cor e salteado” é mais do que conhecer bem; é saber com grande precisão, é dominar uma coisa com perfeição, reconhecer seus mínimos detalhes de cabo a rabo. A perfeição contém o desejo do “cor” e a surpresa do “salteado”. Um desejo surpreendente, cheio de dentes, que ao dobrar a esquina, te toma de assalto, te mordendo ferozmente como um vira-lata revoltado com seu contra-cheques aviltante (que lhe causa muita humilhação diante de dona cadela), é uma manifestação da perfeição? Não saberia dizer. Chamo-o, apenas, disco.
Há, então, duas fases distintas, ou ainda, dois momentos indispensáveis a este disco. O primeiro momento é o "saber de cor" e o segundo o "saber de cor e salteado". Saber de cor é aquele momento ao qual me referi lá no comecinho, o instante em que tenho uma impressão de que aquelas músicas moram em meu cor desde que nasci. Já o segundo momento, advém do “saber de cor” acrescido deste tal "salteado". E o salteado, meus amigos, está se fazendo agora!
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Tributo ao funk
É som de preto De favelado Mas quando toca Ninguém fica parado.
[Amilcka e Chocolate]
Postado por Douglas Thomaz.
domingo, 6 de abril de 2008
Da série: como escrever a história do Brasil.
1.lição de história:
1.1.primeira missa no brasil:
os batéis
as esquifes
o Capitão-Mor
o papagaio pardo
o sermão
as vergonhas cerradinhas
E o corpo de Cristo.
Por Douglas Thomaz.